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Homem que invadiu igreja e matou 4 pessoas, em Paracatu, é condenado a 54 anos de prisão

Os crimes ocorreram em 2019 mas júri havia sido suspenso, em outubro do ano passado, após uma liminar da defesa

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Foto: Reprodução

Em julgamento realizado hoje (5), no Fórum Lafayete, em Belo Horizonte, Rudson Aragão Guimarães, foi condenado a 54 anos e 8 meses de reclusão. De acordo com a denúncia apresentada pelo MPMG, o réu foi acusado de matar a ex-namorada com golpes de canivete. E em seguida, o homem invadiu uma igreja e atirou contra três pessoas. Os crimes ocorreram em maio de 2019, na cidade de Paracatu, no noroeste do Estado. 

O julgamento teve início por volta das oito horas e trinta minutos da manhã de hoje. O réu e  mais seis testemunhas do caso foram ouvidas. A primeira delas foi Evandro Rama, o pastor que seria, de fato, o alvo de Rudson e que também é filho de uma das vítimas. Os familiares das quatro vítimas também estiveram presentes. 

O crime 

A primeira vítima de Rudson foi sua ex-namorada, Heloísa Vieira. Heloísa estava na casa dos familiares do acusado, participando de uma celebração religiosa, quando foi brutalmente atacada por ele com golpes de canivete. 

Em seguida, o homem foi até uma igreja com o intuito também de matar Evandro Rama. Mas, ao não encontrá-lo, disparou contra Rosângela Albernaz. Segundo ele, a mesma não quis dizer onde o senhor Evandro estava. As demais vítimas são Marilene Martins de Melo e Antonio Rama, pai de Evandro, que foram surpreendidas pela chegada de Rudson dentro da igreja. 

Sobre a motivação do crime praticado contra a ex-namorada, o réu relatou em julgamento que a mesma era culpada por sua decadência pessoal e profissional. 

Vida de ostentação

Na mesma seção em que foi sentenciado, Rudson relatou que apesar de não estar trabalhando na época em que cometeu os crimes, tinha um elevado nível de vida. E que teve muitas oportunidades para crescer, sendo, inclusive, dono de uma empresa de construção civil, chegando a ter rendimentos equivalente a cinquenta mil reais mensal. Aragão era ex militar das forças armadas.

A sentença

A juíza presidente do 3º Tribunal do Júri, Fabiana Cardoso Gomes Ferreira, considerou que os crimes foram cometidos com extrema agressividade e frieza por parte do réu, impossibilitando a chance de defesa das vítimas. Rudson foi considerado culpado por crime de feminicídio qualificado e de três homicídios qualificados.

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